FANS DO TURCA

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O TURCA E A CACHOEIRA DE BARATAS !

Certa vez meu pai apareceu em casa com uma maravilhosa notícia.
Tinha acabado de comprar um automóvel.

Naquela idade os pais de todos meus amigos tinham carros novos era uma tremenda competição para saber qual o pai que tinha o melhor carro.

Meu pai, um homem bastante ganancioso, sempre fez questão de ter os piores carros do Bairro.

Cada vez que ele trocava de carro eu ficava apavorado pois, para ele, pior não tinha limites.

Foi quando ele me apareceu com um carro que eu NUNCA tinha ouvido falar.

Um DODGE Polara velho que Deus me livre. Obrigado Pai.



Eu não sei onde ele foi achar aquela desgraça. Eu estava desesperado pra que ninguém visse aquela tragédia.

Meus vizinhos viram, mas tiveram a dignidade de me poupar das risadas. Pelo menos na minha frente.

Ainda extremamente feliz pela nova aquisição da família, certa noite, meu pai me aborda e pede que eu vá até o carro e jogue um pouco de veneno no mesmo.

Sem entender ao certo, perguntei o motivo e meu pai disse que tinha avistado uma pequenina barata andando pelo assoalho do carro.

Há muitas coisas que me dão vontade de me jogar de um prédio ou de amarrar uma corda de nylon no lustre e me enforcar.

Dentre elas estão o Time do São Paulo, Meritocracia Inquestionável e em primeiríssimo lugar as Baratas, especialmente as voadoras.

Não tenho problemas com ratos, cobras, morcegos, aranhas ou pombos, mas as baratas realmente me deixam desesperado.

Isso se deu quando ainda criança tinha que conviver com os chiliques da minha mãe cada vez que via uma rastejante e lógico que cresci com a mesma Fobia. Obrigado Mãe.

Diante daquele pedido do meu pai já fiquei tenso.

Estava com um frio na espinha desgraçado, mas criei coragem quando disse que era apenas uma “ PEQUENINA e INFIMA filhote de barata anã “.

Mesmo assim, coloquei meu uniforme que consistia em uma camisa transformada em máscara para não inalar o veneno, uma bermuda e um chinelo.

Peguei minha arma, uma Bomba de Fritz, carregada do produto nuclear capaz de matar uma população inteira de Baratas.


Fui até a garagem e comecei a matança.

Totalmente despreocupado com a PEQUENINA barata, mandei bala no carro inteiro.
Foi veneno no painel, câmbio, bancos, carpete, teto, motor, rodas, pedais e por último resolvi jogar no porta malas.

Abri o porta malas, joguei o que faltava do veneno.
Nessa altura eu já estava vomitando sangue com o cheiro do veneno.

Estava tudo indo bem até que pelo rabo do olho percebo algo no chão do meu lado direito.

E não era pequeno.
E não estava morto.


Era uma linda barata adulta e sadia.

Fiquei congelado e já ameacei fugir de lá. Porém a distância que ela estava era razoável para que eu fizesse isso com calma.

O que eu não contava é que em meus pés já haviam mais 5 delas e sem parar uma atrás de outra iam caindo do carro do meu pai que tinha o assoalho todo furado como um queijo.

Era uma cachoeira de baratas assassinas africanas.

Sai de lá desesperado e gritando para a rua com aquele figurino que relatei. Uma vizinha levemente gostosa que era a fim de dar pra mim tomou um susto desgraçado pois eu estava parecendo um Terrorista misturado com mendigo fedendo veneno.

Era Barata pra todo lado.

Entrei correndo em casa e fechei todas as portas e janelas com o coração na mão !

No dia seguinte meu quintal estava forrado de baratas mortas. Parecia o massacre da Candelária ou a guerra do Vietnã.

Nunca mais entrei naquele carro amaldiçoado e continuo com horror a Baratas até hoje.

Bicho do Capeta !

Fim de Papo.

O TURCA.

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